Chelsea 2 - 0 Arsenal


O Chelsea continua sem convencer. Venceu, é verdade... Mas num jogo em que demonstrou estar bastante aquém daquilo que se espera de uma equipa de Mourinho e de um clube campeão.
Felizmente, marcaram-se dois golos. Mas como foram os golos? O primeiro foi de bola parada. O segundo desviou num defesa do Arsenal e quando a equipa de Wenger já jogava com dois jogadores a menos. É desapontante? É, sem dúvida alguma. Mas é, acima de tudo, uma injeção de motivação que Mourinho deverá saber, como ninguém, aproveitar.
Se o Chelsea vai crescer? Veremos... Mesmo depois da Community Shield, disputada a 2 de agosto, os "blues" continuam sem convencer... e já lá vão quase dois meses.


Hazard tem a posse de bola. Onde estão os apoios? Na primeira imagem podemos perceber que há Ivanovic, Fàbregas e Azpilicueta atrás do belga. Pedro procura dar profundidade, Óscar e Diego Costa ocupam a mesma zona do campo... Como progredir? Assim torna-se complicado.
Já agora, porque é que Óscar está colado à linha? Não pode ser Azpilicueta a ocupar aquela zona (imagem 3)?




Sempre, Sempre à procura do centro do terreno onde estamos mais perto da baliza. Sempre a procurar o espaço à frente da defesa. O Arsenal já trouxe belos golos a partir daquela zona do terreno. Porque quando há dinâmica, velocidade e entendimento tudo fica mais fácil.




O momento que precede esta imagem: posse de bola para o Chelsea e, de repente, tentativa de aproveitar a velocidade de Diego Costa e as costas da defensiva contrária. Tentar colocar o brasileiro contra o mundo é algo que pode dar resultado... uma vez em cem tentativas?



Aqui, o Chelsea em organização defensiva. Quando o Arsenal começava a construir em terrenos mais adiantados tornava-se mais fácil para o Chelsea. Linhas próximas, tentativa de fazer "campo pequeno". O problema estava quando o Arsenal começava a construir em terrenos mais recuados como já vamos ver depois.



E assim joga o Chelsea de Mourinho...



...à espera que um jogador agarre na bola, finte meia equipa e marque um golo. Pode ser que resulte um dia!




Começando a construir em terrenos mais recuados, os dois centrais do Chelsea eram atraídos e subiam no terreno. Mas não eram acompanhados pela linha média. Veja-se o espaço que os médios dos "gunners" tinham para receber e controlar a bola.



A bola foi passada por Óscar, nº 8 que ali aparece em destaque. Tal como há bocado, como pretende o Chelsea progredir no terreno e procurar apanhar a equipa adversária descompensada se coloca tanta gente atrás da linha bola? Se é lento a construir e oferece poucos apoios ao portador?



Antecipar o que a equipa adversária vai fazer, como se irá mover, quem irá receber a bola (e muito mais) pode trazer muitos frutos. Óscar antecipa o passe do defesa central do Arsenal, recupera e passa para Pedro. De repente... 3x3!



Passa, devolve. Passa, devolve. Os famosos 1x2x1. Veja-se a linha média do Arsenal ultrapassada facilmente. Porque é que o Chelsea não faz isto mais vezes?




Nenhum jogador entrelinhas. E Diego Costa a indicar para onde deverá ir a bola. "Para a linha!" - disse. Porque é lá que se pode criar perigo...


Outras considerações:


Aprecie-se o movimento de Pedro à procura das costas da defesa. Pedro não começa a correr quando o passe é realizado. Já está a correr antes disso. Para quê? Para que, no momento em que é feito o passe, já esteja em movimento, já tenha realizado a aceleração. Para além disso, corre ao longo de uma linha imaginária definida pela defensiva do Arsenal. Para não ficar de imediato em fora de jogo.



O exemplo perfeito de que o treinador pode fazer o que quiser mas os jogadores é que jogam. Que culpa teria Mourinho se tivesse sido golo? Dois defesas centrais e Alexis Sánchez ainda fica com a bola à mercê perante Begovic. 

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